.
Vamos lá ver a situação!
Eu não me queixo, portanto do meu lado existe um ser vulgaríssimo, ÚNICO, nada de especial...
Do seu lado o que há?
Um ser que quer mais, embora se considere "um ser especial"...
E o que quer?
Deve ser difícil para si existir como ser especial, que deseja, que quer mais, que não se satisfaz com o que tem...
Porque não aceita que é único?
Porque não aproveita essa verdade para ser criativo?
A criatividade não tem limites, não tem condicionalismos, não está agregada a uma profissão, a um estatuto social.
Um varredor de rua em 1980, expressou-se com tanta criatividade a varrer a rua, que só percebi isso anos mais tarde. A memória registou a acto do varredor como algo estranho, algo patético, algo exibicionista, mas a minha memória registou!
Foi preciso passar por várias portas para entender aquele varredor.
Mais tarde percebi que ele estava simplesmente a ser o que é, único. Deixou que o seu ser se manifestasse alegremente dançando com a vassoura, rodopiando com pá e cumprindo o seu trabalho.
Ele, você e eu, sou-mos todos potenciais de criatividade, ÚNICOS.
www.joaoserem.com
.